De diagnóstico em diagnóstico cheguei aos 40 anos de idade sem saber que tenho espondilite anquilosante

Durante minha infância convivi com a dor... fui diagnosticado com reumatismo e fiz o tratamento disponível na época (fim dos anos 1970)... as dores continuaram... lembro de ouvir as conversas entre o pediatra e meus pais: "É dor de crescimento"... Na adolescência eu tinha um outro motivo para a dor: eu tinha sobrepeso e praticava esportes na escola. Segui convivendo com a dor até o início da minha vida profissional aos 18 anos (fui professor alfabetizador por muitos anos) e a dor, a partir de então, passou a ser resultado do trabalho com crianças. Perto dos 30 anos tive minha primeira grande crise... fiz as avaliações com orientação de um excelente ortopedista e chegamos a um diagnóstico de lombalgia (inespecífica, já que todas as imagens indicavam quadro normal...). Passei a fazer fisioterapia semanalmente e nos períodos de muita dor tomaja inejções (corticóides) e aumentava a quantidade de "visitas" ao fisioterapeuta. A atividade profissional, mais uma vez, foi responsabilizada pela dor (eu trabalhava em três cidades diferentes dirigindo diariamente entre elas) até que no ano de 2014, em meio a uma forte crise, fui internado no Hospital Nossa Senhora Auxiliadora (Três Lagoas - MS) e fui encaminhado a uma reumatologista que suspeitou das dores nas costas. Após uma criteriosa investigação ambulatorial recebi o diagnóstico de espondilite anquilosante combinada com reto colite ulcerativa. A partir deste diagnóstico pude perceber que vários sintomas, ao longo deste anos, indicavam para o quadro da referida enfermidade, entretanto (como outros pacientes, inclusive) só fui diagnósticado tardiamente. No momento faço uso do Humira e estou confiante na remissão da enfermidade.