Depende. A ansiedade, em si, é necessária para o ser humano porque por meio dela a gente garante nossa sobrevivência. Porém, dependendo da intensidade e do gatilho aparente ou não, ela pode se tornar algo extremamente desconfortável.
Como assim?
Nossos ancestrais teriam tido muita mais dificuldade de perceber e se proteger da presença de animais ferozes e nossa espécie não estaria aqui hoje para contar história.
De forma inconsciente, a ansiedade quer te proteger a todo instante das inúmeras informações das mídias, das palavras mal intencionadas das pessoas, dos carros a toda velocidade nas ruas e até mesmo do barulho chato do alarme, te fazendo acordar antes do horário para, de certa forma, não te aborrecer. Por incrível que possa parecer, o corpo humano naturalmente não gosta do barulho do alarme. Não, não é coisa da nossa cabeça.
Mas, quais são os sintomas que mais limitam a vida de uma pessoa que sofre com ansiedade?
A resposta é: depende.
Nem todo mundo vai experienciar uma crise da mesma forma. Eu, por exemplo, hiperventilava muito e tinha a sensação de aperto no peito, confundindo com um infarto. Porém, existem pessoas que hiperventilam e possuem a sensação de falta de ar. Ambas as sensações são características de crises de pânico/ataques de pânico, que são crises de ansiedade ''mais intensas''. Muitas vezes, são sintomas que, se frequentes, se encaixam na psicopatologia do transtorno do pânico segundo o DSM-5 (O Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais 5).
O problema não é a ansiedade em si, mas o que desencadeou o gatilho inconsciente no indivíduo. Para desvendar os possíveis gatilhos, tornando-os conscientes, existem inúmeras formas, como psicoterapia, terapia de exposição e até mesmo algumas terapias holísticas.
Espero ter tirado suas dúvidas.
Com muito amor e carinho,
Amanda Gomes.