História sobre Depressão .

O amor e a depressão

04/02/2016

Por: Renato


Sofro de depressão desde 2006, ou seja, há dez anos neste momento.

Ela foi desencadeada por uma série de fatores, mas principalmente após o término de meu primeiro namoro, fora este fator me roubaram uma moto um pouco antes do término da relação, após o rompimento parei de estudar, de trabalhar, minha vida desabou e por uns 3 meses só pensava e tentava reconquistar minha ex.

Continuei neste estado depressivo grave por cerca de 2 anos, só não tive pensamentos suicídas na época, mas fiquei sem sair de casa, só dormia o dia todo, minha vida ficou totalmente estagnada, aos poucos fui saindo deste estado, comecei a sair de casa, me envolvi com movimento estudantil, comecei a estudar e ver o mundo de outra forma e lutava para mudá-lo.

A vida seguiu, mas todo ano sempre tive pequenas recaídas por cerca de 20 dias e voltava a retomar minha rotina.

A segunda crise forte ocorreu em 2014, na época tinha minha família, esposa e meu filho com cerca de 2 anos. Esta crise foi desencadeada devido ao stress com o trabalho, sou perfeccionista, trabalho por conta com manutenção de computadores e similares, tive 3 serviços que me deu muita dor de cabeça, tudo dava errado e isso gerou o stress e a crise depressiva. Mesmo minha esposa pouco podia fazer por mim e fiquei neste estado por cerca de 9 meses, nesta crise comecei a ter pensamentos suicida, morava em apartamento e pensava em me jogar de lá para acabar com a dor e sofrimento que tinha e causava a minha família devido a doença, mas não atentei contra minha vida, iniciei o tratamento medicamentoso, mas antes mesmo de melhorar interrompi o tratamento e não conseguia atendimento médico com psiquiatra e psicólogo. Basicamente me reergui sozinho, talvez o medicamento tenha ajudado, mas como estávamos passando por dificuldade e minha esposa desempregada, com o tempo consegui reagir e seguir minha vida.

Logo após sair deste estado depressivo, criei muita expectativa profissional, fiz o planejamento de montar a loja no centro da cidade e muito empolgado, contava com a ajuda da minha esposa para crescer aos poucos no empreendimento. Tudo estava caminhando, mas ela parecia não estar feliz, com a rotina, com a responsabilidade e ela nunca quis trabalhar comigo. Aí começou os problemas, discussões bobas, tanto profissionais, tanto de relacionamento.

Nesta época ela estava fazendo faculdade, novas amizades, e como ela é jovem, tem 21 anos, me parece que sentiu falta de curtir a vida. Resolveu se separar, romper com a nossa união, com a nossa família, jogou tudo no lixo.

E aí cheguei na terceira e atual crise, que no momento está durando seis meses até o presente. Após o término do casamento me senti muito abatido, devido a perca da família, da esposa, e do meu filho no cotidiano, a perca dos planos e sonhos, e a tudo que construímos juntos, tanto sentimentalmente, tanto material. Ela parou de trabalhar comigo e tentei seguir a vida, durou no máximo 1 mês e cai novamente, parei de trabalhar por não ter condições emocionais e fui obrigado a fechar a loja.

Hoje vivo perdido, penso em suicídio constantemente, e tentei tirar minha vida, mas não obtive êxito e desisti desta ideia por hora, tenho buscado ajuda médica, estou em terapia comunitária, contato com psicólogo, só não consegui psiquiatra ainda, e me engajei em uma pesquisa científica para tratamento da depressão, buscando soluções de todas as formas, estou tentando também sair do sedentarismo, pois após muita análise e leitura tenho certeza que ajuda e muito a combater a depressão, só não consegui concretizar ainda, mas estou buscando me engajar em alguma atividade física constante.

A doença ainda me machuca muito, tenho me isolado demais, sem amigos, não consigo trabalhar direito, muito perturbado sentimentalmente, apesar de aceitar a separação, pois se uma das partes não quer não tem por que continuar e respeito o desejo dela, mas ainda me sinto muito preso ao relacionamento que tínhamos, não queria que tivesse ocorrido isso, minha família que estava construindo era tudo para mim, vivia pela família. Minha ex até tentou uma reaproximação, mas de maneira estranha, sem encarar todos os transtornos que ocorreram por isso, com medos e receios, sem encarar os erros e o aprendizado que tudo isso nos trás e isso ainda me deixa mais confuso ainda, pois queria muito ter o meu filho ao meu lado, apesar de estar frustrado com ela devido ao rompimento, como ocorreu, a gente acaba perdendo a confiança e a esperança.

Tento fazer novas amizades e tento me envolver com alguém sentimentalmente até para suprir um pouco da carência que sinto, mas parece que nada dá certo e não consigo sair do lugar.

Hoje estou colocando até em jogo o que sinto por mim mesmo e pelo meu filho, isto está me traumatizando, amo e quero muito estar com ele, mas até isto estou colocando em jogo, estou me afastando do meu filho, quero a guarda dele, mas ao mesmo tempo já estou em dúvida, todas as certezas que tive na minha vida já não tenho mais.

Espero melhorar em breve.

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