O facto de a disgrafia ser vitalícia não significa que não possa melhorar. Portanto, a terapia e a prática serão as melhores aliadas para uma criança com este problema. Nestes casos, geralmente recomenda-se a terapia ocupacional, na qual o terapeuta ajudará a criança a escrever melhor e a adotar posturas mais eficazes. Porém, a escola e os professores devem oferecer ciclos educacionais especiais de acordo com as suas necessidades, assim, é aconselhado não só o trabalho físico como o exercício de atividades que visem o desenvolvimento psicomotor e o grafismo.
O primeiro passo para ajudar uma criança com disgrafia é estabelecer um relacionamento genuíno, assegurando que se sente segura e apoiada. Com paciência e dedicação, a criança pode atingir um certo grau de autonomia ao escrever. Seguem-se alguns exemplos de atividades ou exercícios que podem ser aplicados, tanto em casa como na escola, de forma rotineira:
• Ensinar uma postura correta na cadeira e secretária;
• Fazer exercícios gráficos, como labirintos e cadernos pontilhados;
• Realizar exercícios de motricidade fina;
• Dedicar momentos apenas à escrita (caligrafia);
• Realizar atividades pictográficas (pintura, desenho, modelagem);
• Fazer atividades para trabalhar a forma, tamanho, inclinação das letras, o aspeto do texto, a inclinação da folha e a manutenção das margens e das linhas;
• Ensinar a criança a auto-verbalizar a forma das letras;
• Utilizar ajudas físicas ou verbais, movendo a mão do aluno, ou providenciando indicadores tais como pontos ou setas nas letras.