A enfermeira neonatal Adriana Mansani garante que a “fototerapia (conhecido popularmente como banho de luz) é o tratamento mais utilizado, na hiperbilirrubinemia (icterícia) do recém-nascido”.
A médica, Juliana Duarte afirma que “a fototerapia não traz grandes riscos” e que “para os pais é um tratamento até tranquilo”. Além disso, ela recomenda que “tenha sempre a proteção ocular, porque essa luz afeta a nossa visão”.
A neonatologista alega que “a fototerapia é o tratamento da icterícia” e conta que “não existe nenhum remédio, chá e tratamentos caseiros, não adianta. O tratamento da icterícia é só a fototerapia”.
A neurologista Alessandra Russo fala da evolução da fototerapia “Antigamente só tinha o Bilispot que era aquele aparelho que irradiava luz na criança. E agora, já faz uns 10 anos, temos o Biliberço que é o berço inteiro que quando você coloca a criança lá, a queda a bilirrubina é muito mais rápida, porque quanto mais você irradiar
a pele (em mais locais), melhor. Só precisa proteger o olho e o órgão sexual colocando a fraldinha”.
De acordo com o site Crescer Online, em 2017, cientistas suíços criaram pijamas foto-terapêuticos para melhorar o tratamento de recém-nascidos com icterícia, permitindo que ele seja feito nos braços de pais e mães e, dessa forma, diminuindo o isolamento do bebê com a condição. A pesquisa foi realizada nos Laboratórios Federais Suíços de Ciência e Tecnologia de Materiais.
A médica que cuida de bebês recém-nascido, Juliana Duarte assegura que “nem o banho de sol
que muita gente dá, pensando que vai curar a icterícia, não tem a mesma luz da fototerapia, portanto não
cura. Hoje em dia, nós médicos não podemos recomendar expor a pele do recém-nascido no sol, apesar que existem algumas linhas da medicina que falam que poderia expor o bebê ao sol para fabricar
a vitamina D”. Ela lembra que “um dos cuidados mais importantes é a consulta com um pediatra precoce, saiu da maternidade após dois, três dias da alta é bom levá-lo para
ser reavaliado” e argumenta ainda que “prestar atenção na amamentação é fundamental, pois o que
abaixa a icterícia é o aleitamento materno, porque um bebê bem hidratado consegue metabolizar melhor e ele consegue eliminar essa icterícia através das fezes e urina”.
A enfermeira Adriana Mansani garante que “O chá de picão é mito” e diz que esse “não deve ser usado nos bebês nem para banho, nem para tomar”.
A médica Juliana Duarte fala que “hoje em dia, em alguns hospitais tem um aparelho chamado bilicheck, é como se fosse um termômetro, desses termômetros infravermelhos que eles conseguem captar um nível
de bilirrubina pela pele. Se estiver um índice muito alto, temos que confirmar com o exame de
sangue”.
Existe também a exsanguineotransfusão que é um procedimento médico pelo qual o sangue do bebê é removido e substituído por outro, de um doador compatível, para tratar condições clínicas determinadas. Ela foi a primeira terapia de sucesso instituída para tratar a icterícia neonatal grave. A neonatologista Juliana Duarte, afirma que
“A exsanguineotransfusão é utilizada quando tem um risco aumentado de impregnação do sistema
nervoso” e que esse “é um procedimento de alto risco, porque imagina trocar quase todo o sangue de
um bebê. É um procedimento que é feito dentro da UTI Neonatal ou pediátrica. O médico precisa pegar uma veia calibrosa do bebê, muitas vezes no pescoço ou no umbigo. Ele pega essa veia grossa, nessa troca sanguínea pode ter muitas alterações tanto de controle de eletrólitos e de incompatibilidades de volume porque tira o volume e põe outro, tudo isso, pode causar grandes alterações no bebê”.
A neurologista Alessandra Russo explica que “A exsanguineotransfusão, não é uma transfusão,
ela é uma troca de sangue” e que “é pelo nível da bilirrubina (icterícia). Depende do protocolo do hospital, do peso da criança, mas grosso modo quando a bilirrubina chega em 20 já começa-se a pensar na exsanguineotransfusão que também tem suas complicações, podendo aumentar o risco de infecção, de septo, mas o risco de Kernicterus é muito maior, por isso indicamos a troca do sangue. É um cálculo que o médico faz pelo peso do bebê, e vamos tirando, tira 5ml, põe 5ml, até dar o volume todo que precisa fazer a troca”. Ela conclui dizendo que “os médicos tentam evitar ao máximo a exsanguineotransfusão, por conta das complicações”