História sobre Feocromocitoma .

Minha mãe e uma doença invisível

28/09/2017

Por: Loana

Ano do diagnóstico: 2017


Minha mãe Célia, sentia dores abdominais, em 2012 fez exames e apontavam ser pedra na vesícula. Minha família não tem plano de saúde, dependemos do SUS , sistema de saúde pública brasileira. Ela ficou na fila para cirurgia por anos, e com os anos as dores foram aumentando. Ela fez muitos exames, e sempre apontava uma mancha entre a vesícula e o fígado, como somos leigos confiamos no diagnóstico de ser pedra na vesícula. Passado todo esse tempo, as dores da minha mãe eram normal para gente, ela já não podia comer várias coisas porque atacava as dores, toma dipirona e remédios para dor constante. Em janeiro de 2017 piorou muito, ela não aguentava trabalhar, a pressão altíssima quase dando infarto. Em fevereiro, a cardiologista encaminhou para fazer um cateterismo, correu tudo bem, a pressão deu uma melhorada. Dois meses depois ela conseguiu a vaga para fazer a tão esperada cirurgia da vesícula. A cirurgia que aliviaria a dor e depois ela poderia voltar a comer os alimentos que ela gostava e não podia porque passava mal. Os médicos fizeram a cirurgia na sexta a tarde, quando abriram para retirar as pedras na vesícula notaram o tumor, mas não podiam mexer nele. Logo depois a situação dela começou se complicar, teve parada cardíaca e eles reanimaram ela. Acho que do tanto que injetaram de adrenalina nela, além do que o próprio tumor já produzia, fez com que ela tivesse a parada cardíaca e derrame cerebral. No sábado fui visitar ela, estava consciente, me pediu água, pediu para eu passar a mão nas pernas dela porque ela não estava sentindo. Quando olhei minha mãe com o corpo todo roxo, inchada, e com muita dificuldade de respirar foi um choque. Logo depois ela não conseguia mais respirar, sedaram e entubaram ela. Teve que transferir para um hospital maior pois o que ela estava não tinha aparelhos para manter ela estável. Fui na ambulância com ela, um desespero o trajeto todo, se ela aguentaria ser transferida. Chegando no outro hospital, horas de espera, toda hora médicos falando uma coisa e outra, se ela estabilizasse eles iam fazer exames para saber se era câncer. Acho que se desde quando ela entrou eles tivessem tratado como câncer e pelo tipo de câncer dela, injetado inibidores de adrenalina ela poderia ter estabilizado... Após toda agonia, na segunda feira veio a notícia da morte cerebral. Foi muito triste saber que o tempo dela acabou. A morte é dolorosa para quem fica é a cura das enfermidades para quem de foi. Aí que tristeza no velório ver ela no caixão, saber que nunca ia ver ela sorrindo e ter minha confidente comigo. A necropsia constou que ela estava com tumor supra renal do tipo hemorrágico com 18 cm, praticamente do tamanho de um mamão, e médico nenhum dos vários que atenderam ela, nunca descobriram. Tenho mágoa dos médicos, se tivessem descobrido antes ela poderia fazer cirurgia para retirar o tumor, sei que no estágio que estava seria impossível... Que Deus a acolha e ilumine os médicos para que diagnóstico seja descoberto a tempo... E a pessoa tenha mais tempo com a família... Pois a morte é o destino de todo mundo, mas queremos mais tempo com os que amamos.

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