Síndrome de Arnold Chiari tipo 1

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Olá,

Meu nome é Flaviana, tenho 42 anos de idade, fui diagnosticada com a síndrome de Arnold Chiari Tipo 1 este ano (2022). Acabei descobrindo por acaso, na investigação de sintomas que eu acreditava que fosse por outros motivos. Eu mesma procurei o neurologista, pois já havia passado por vários médicos e vários exames e nada comprovava os sintomas que eu tinha. Fiquei sem chão quando o neurocirurgião me disse que eu precisaria passar pela cirurgia, pois eu não esperava por isso. Passei pela cirurgia no dia 07/07/2022 em Belo Horizonte - Minas Gerais, cirurgia essa invasiva e bem dolorosa na recuperação, mas agradeço á Deus pois deu tudo certo. Fiquei 5 dias no hospital, e retirada dos pontos foi com 15 dias. Resumindo: Sentia fortes dores de cabeça, pressão na cervical, fraqueza nos membros superiores e inferiores, a perda de memória, falta de concentração, irritabilidade, sensibilidade á luz e ao som, dificuldade pra dormir, coordenação motora ruim, dificuldade pra gravar na memória as coisas novas que estudava e aprendia, baixo rendimento no trabalho, depressão, desânimo total, já acordava cansada como se tivesse trabalhado a noite toda, entre outros. Um fato que me incomoda muito e me deixa muito triste é saber que nós que passamos por esse problema, nos esforçamos para dar nosso melhor, mas somos muito julgados. Eu antes de descobrir a doença fui muito julgada, criticada e até ameaçada de ser mandada embora do meu trabalho. Eu passei a ter muita dificuldade para entender e executar coisas simples do dia a dia. As pessoas não tem paciência, julgam e criticam. Principalmente os mais próximos fazem isso. Sempre falei sobre as dores de cabeça que quase me deixavam doida, pois eram fortíssimas, falava que não conseguia gravar nada, esquecia com muita facilidade, mas riam e duvidavam de mim e por fim eu tomava remédio pra dor, e sofria calada, pois não adiantava reclamar. Quando descobri, todos ficaram boquiabertos, pois sempre falei a verdade mas ninguém acreditava. Fico muito triste por essas essas pessoas que não procuram entender o próximo. O médico me afastou do trabalho por três meses. Ainda estou em recuperação, mantendo os cuidados no local da cirurgia, pois apesar da cicatrização externa por dentro ainda está bem dolorido, vou começar as sessões de fisioterapia para melhorar os movimentos do pescoço. Espero poder ter contribuído um pouco com minha experiência e que não somente eu, mas que todos tenhamos melhoras no tratamento e que a cura seja descoberta o quanto antes para melhorar a nossa qualidade de vida e para que geração futura não tenha que passar pelo que eu e muitos estamos passando.
Um grande abraço á todos.