Tecendo a vida

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Em 2012, tive depressão devido a muito trabalho, pressão por cumprir metas e gerenciar duas escolas públicas em uma periferia da minha cidade.
Comecei o tratamento para depressão e comecei a sentir dores no corpo todo, muita fadiga e cansaço.
Depois de alguns exames e com a experiência do meu médico, ele fez o diagnóstico de fibromialgia.
Continuei trabalhando, mas as dores e a depressão se uniram para me deixar muito mal.
Tirei licença, e com a depressão fui somatizando outras doenças, fiz três cirurgias: uma para retirar um pólipo do útero e duas do seio esquerdo para retirada de nódulos.
Acabei sendo encaminhada para um tratamento multidisciplinar envolvendo reumatologista, neurologista, psiquiatra e psicóloga.
Em 2015 comecei a sentir muitas dores nas pernas e fraqueza muscular e acabei tendo várias quedas. Tinha dificuldade para subir escadas, andar rápido e o cansaço aumentou.
Meu reumatologista solicitou uma eletroneuromiografia. Fiz em todos os membros e foi constatado que os músculos estavam bem prejudicados e se não respeitasse meu limite acabaria comprometendo-os ainda mais.
Sai do consultório abalada e sem condições de andar, devido as dores que senti ao fazer o exame.
Bem consciente da minha situação acabei solicitando minha reabilitação profissional, que foi concedida e hoje estou me equilibrando todos os dias para fazer o que mais gosto que é trabalhar na área da educação, mas ainda tenho muitas limitações, mesmo com as medicações adequadas, alguns dias as forças desaparecem e a fraqueza muscular me abate.
Não perco a fé e sei que posso ajudar outras pessoas, pois o diagnóstico é difícil, assim como vencer o preconceito das pessoas que não entendem o que acontece com o nosso organismo e acabando nos julgando como preguiçosos, mas esta tecendo a nossa vida com fios preciosos dados por Deus.