A terapia nutricional na vigência das DII tem como objetivo o controle dos sintomas, a prevenção e a correção da desnutrição e das diversas deficiências nutricionais e a redução das sequelas em longo prazo, incluindo o déficit de crescimento em crianças e a osteoporose em adultos.
Fase Ativa da Doença
Nesta fase é importante que a alimentação auxilie no controle dos sintomas como diarréia, dor abdominal, distensão e previna ou reverta a perda de peso através do uso de suplementos nutricionais adequados. A dieta deve ser hipercalórica, pelo aumento das necessidades energéticas em decorrência da inflamação, hiperprotéica, hipolipídica e normoglicídica com restrição de carboidratos simples e alimentos que causam flatulência. O teor de fibras insolúveis e resíduos (lactose, por exemplo) deve ser restrito e a alimentação deve ser fracionada em seis a oito refeições ao dia, contendo pouco volume.
Fase de Remissão da Doença
Com a melhora clínica do paciente e o início da fase de remissão, podem ser incluídos os carboidratos simples como a sacarose (em quantidade moderada) e a lactose (progressivamente, caso não exista intolerância), deve-se aumentar gradativamente o conteúdo de fibras totais e insolúveis da dieta, mantendo-se moderado o teor de gordura (especialmente de ácidos graxos poliinsaturados ômega-6). As calorias devem ser adequadas ao estado nutricional do paciente.
Fonte: Diestel CF, Santos MC, Romi MD. Tratamento nutricional nas doenças inflamatórias intestinais. Revista Hospital Universitário Pedro Ernesto. 2012;11(4):52-58