Não é fácil encontrar alguém que queira ser companheiro de uma pessoa portadora de escoliose. Ainda existe a idealização de família perfeita: namorar, casar e ter filhos. Filhos estes, que para muitos possíveis companheiros têm de ser seus, não podem ser adoptados. Como tal, há um afastamento da pessoa. Também, infelizmente, ainda existe a vergonha de andar de mão dada na rua com uma pessoa portadora de escoliose. Quando existe um relacionamento, inicialmente o parceiro promete estar sempre presente para o bom e para o mau. Mas começam a surgir problemas como a incompreensão, a saturação de estar sempre no médico com o doente, o estar com o doente por pena. Mas existem relacionamentos verdadeiros em que o parceiro se preocupa de verdade. O conselho que eu dou aos portadores de escoliose é que em primeiro lugar estão vocês, não permitam que ninguém vos maltrate psicologicamente ou que dê a entender que você está a mais na vida dele. Existe sempre alguém para alguém. Não importa o tempo que vá demorar, não se deixe ir abaixo, e mesmo que vá abaixo, levante-se e assuma que a sua doença não é contagiosa mas que as pessoas se afastam porque não conseguiram ver o melhor que existe numa pessoa guerreira portadora de escoliose.