Desde criança sempre tive muitos problemas respiratórios, alergias, pneumonia, aftas de repetição.
Logo parei de crescer e fui ficando para trás na minha turma. Sempre fui muito irritada e impaciente, na adolescência percebi que minhas unhas que eram sempre fortes começaram a não crescer mais e quebrarem. Já adulta, mesmo magra sempre com muitos gases e distensão abdominal, desgaste do esmalte dentário, queimacao e azia frequentemente. Em 2013procurei pela primeira vez um gastroenterologista, que me diagnóstico com uma gastrite leve, deu prazóis e ajustes na dieta. Mesmo cuidando da alimentação, o negócio só piorava. Retornei ao mesmo medico em 2016, ele já desconfiou de "intolerância ao glúten" e pediu todos os exames necessários. Saí do consultório com o diagnóstico de intolerância ao glúten (esse que já não se usa desde 2012). Incrédula com o diagnóstico, marquei outro profissional que por coincidência era o que havia feito a minha endoscopia com biópsia. Ele me disse então que eu era celíaca, uma autoimune desencadeada pelo glúten. Me explicou a seriedade da Doença, como deveria estar meu intestino e como ele estava (escala de Marsh 3b). Abriu um buraco no meu chão, eu cheguei em casa e chorei. De raiva, de medo, de desespero, parecia que a vida estava me sacaneando.
Mas juntei os cacos, fiz as minhas despedidas do glúten (não recomendo), e comecei a dieta "sem gluten". Entre aspas porque eu já tinha lido sobre contaminação cruzada, porém o médico me disse que eu não precisaria cuidar disso pq raríssimas pessoas reagiam à isso
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